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Beber uma lata de refrigerante por dia pode diminuir as suas chances de engravidar

Beber uma lata de refrigerante por dia pode diminuir as suas chances de engravidar

O hábito pode diminuir em até 25% a probabilidade de gravidez nas mulheres, diz estudo

Um estudo recente da Universidade de Boston (EUA) mostrou que o refrigerante pode ser um dos grandes empecilhos na tentativa de engravidar. Segundo os pesquisadores, o consumo de uma ou mais porção (de cerca de 350 ml) de bebidas açucaradas por dia está associado a uma menor fertilidade em homens e mulheres.

Analisando a história clínica, estilo de vida e hábitos alimentares de 3.828 mulheres e de 1.045 de seus parceiros – todos entre 21 e 45 anos de idade -, concluiu-se que a ingestão diária de refrigerantes por mulheres reduziu em 25% a fertilidade delas, enquanto nos homens essa redução chegou a 33%.

“Encontramos associações entre a ingestão de bebidas açucaradas e a fertilidade mais baixa, consistentes após o controle de muitos outros fatores que poderiam ser prejudiciais, incluindo obesidade, ingestão de cafeína, álcool, tabagismo e qualidade geral da dieta”, explica a autora principal da pesquisa, Elizabeth Hatch.

Mas o que poderia estar por trás disso? “Provavelmente a causa está relacionada ao alto teor de açúcar e cafeína encontrado nessas bebidas”, acredita Edson Borges, especialista em reprodução humana, do Fertility Medical Group (SP), que já desenvolveu estudos sobre como a alimentação afeta a fertilidade. O açúcar, destaca o especialista, interfere diretamente na função dos órgãos reprodutivos. Já a cafeína pode aumentar o ritmo cardíaco, o que influencia a saúde de um modo geral. Além disso, de acordo com o especialista em reprodução humana Vinicius Medina Lopes, do Instituto Verhum (DF), o refrigerante pode diminuir a qualidade do sêmen – o que já foi comprovado por estudos anteriores. Borges ressalta que o consumo excessivo de refrigerante diminui não apenas a possibilidade de concepção natural, mas também a de gravidez natural.

Embora mais pesquisas sejam necessárias para se compreender melhor quais componentes da fórmula são os verdadeiros vilões, nesse caso, a bebida já é condenada por médicos e nutricionistas. “Isso porque a ingestão de refrigerante está muitas vezes associada ao sobrepeso e à obesidade. E vale lembrar que há uma redução importante na taxa de gravidez entre as pacientes nessa condição”, destaca Medina. Por fim, não é apenas um único mau hábito (como uma dieta não equilibrada, sedentarismo e cigarro) que vai atrapalhar a fertilidade e, sim, a soma deles. “No entanto, à medida que cada um deles vai sendo eliminado, aumenta a chance do casal engravidar”, conclui Borges.

5 dicas para quem quer engravidar

O refrigerante, claro, está longe de ser o único fator a influenciar sua chance de ter filhos. Pensando nisso, o especialista em reprodução humana Vinicius Medina Lopes dividiu algumas de suas recomendações para as mulheres que pretendem engravidar sem demora.

Parar de fumar. O tabagismo é considerado um dos piores hábitos para as mulheres que pretendem engravidar, pois as substâncias tóxicas presentes no cigarro são frequentemente relacionadas à infertilidade.

Corrigir o peso corporal. Não só a obesidade pode comprometer a fertilidade. É recomendado, por exemplo, que uma mulher abaixo do peso ganhe massa corpórea.

Diminuir o consumo de carboidratos. A produção exagerada de insulina (substância responsável pela quebra do açúcar presente nos carboidratos) pode sobrecarregar as gLândulas adrenais, levando a um descontrole hormonal.

Aderir a uma dieta similar a do mediterrâneo. O óleo de peixe (ômega 3), encontrado em peixes como salmão, atum, sardinha e truta, pode ser um grande aliado da fertilidade da mulher, de acordo com vários estudos. Por isso, substituir a carne vermelha, algumas vezes por semana, por uma dieta à base de peixes, frutas e verduras é uma boa pedida.

Incluir sementes e oleaginosas. Amêndoas, castanhas, grãos, sementes de abóbora e girassol e azeite são alimentos que podem contribuir para a fertilidade, uma vez que favorecem a produção dos hormônios sexuais. Ou seja, quanto mais natural e equilibrada a alimentação, melhor.

Fonte: Revista Crescer

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